segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Palha Italiana

Aos que são da mesma "laia" da minha irmã Mayla, os viciados em chocolate, essa receita de Palha Italiana é uma boa pedida. O sabor doce do brigadeiro é quebrado pela bolacha de maizena, o problema é, acaba-se comendo mais palhas do que brigadeiros. Mas deixemos a culpa de lado e nos entreguemos por alguns instantes aos prazes da gula.




PALHA ITALIANA



1 lata de leite condensado
2 colheres (sopa) de achocolatado
1 colher (sopa) de margarina ou manteiga (temperatura ambiente)
1 pacote de bolacha de maizena
Açúcar refinado

Mãos à obra:

Quebre as bolachas em pedaços desiguais de 3 mm com as mãos (sem paranóia), reserve. Junte o leite condensado, a margarina e o achocolatado em uma panela e leve ao fogo baixo. Misture tudo e mexa sem parar até chegar ao ponto de brigadeiro, ou seja, até que o creme esteja soltando do fundo da panela. Retire do fogo a dicione imediatamente a bolacha picada. Mexa até obter massa homogênea. Deixe esfriar. Então enrole com as mãos no formato que quiser, untar as mãos com um pouco de óleo ajuda. Passe as palhas no açúcar refinado e guarde em um recipiente fechado, fora da geladeira.

*Observações:
Não guarde em geladeira, fica muito endurecida. Pode utilizar o chocolate em pó para substituir o achocolatado.

Buon appetito!

sábado, 27 de novembro de 2010

Julie & Julia


Hoje foi um sábado chuvoso e sem muito compromisso. Aliás tem sido assim ultimamente, espero que ano que vem melhore. Detesto me sentir improdutiva. Resolvi fazer algo que estava adiando há meses, assistir Julie & Julia. É um filme leve e estimulante que fala sobre objetivos de vida, metas e realizações. Tudo isso em torno da cozinha. Acho interessante o tema pois atualmente existem pouquíssimas mulheres que têm prazer em cozinhar, acham que isso remete à submissão ou diminui a imagem da mulher, acho isso um equívoco e até mesmo um preconceito. Nós vivemos uma fase da história da humanidade em que as mulheres já provaram que são capazes de ser muito mais do que simples donas de casa. Não precisamos abandonar todas essas vitórias acumuladas ao longo do tempo. Nós podemos ser muito bem sucedidas fora de casa e sermos ótimas cozinheiras também. Não estou falando em voltar a viver em função única e exclusiva das chamas e algumas panelas, mas sim, redescobrir o que vem se perdendo, a arte de cozinhar. Tudo bem, tem gente que realmente não tem dom algum pra coisa ou falta tempo, eu respeito. Mas vale ao menos refletir sobre o significado que um alimento preparado tem para a humanidade. Nós somos o que somos porque aprendemos a cozinhar, e isso é fato cientificamente comprovado. Ao menos em minha família, a comida está presente em todos os momentos de nossas vidas, tanto bons quanto ruins. Não quero deixar de viver e criar minha família em torno de algo tão precioso. Qual o simbolismo de um enlatado ou um congelado comprado no supermercado? São sim muito bem vindos em alguns momentos, mas viver em função disso é algo lastimável.
Mas voltaaando ao filme, assim como muitos comentaram, a atuação de Meryl está incrivelmente perfeita, hilária, natural, é uma atriz sem igual. Assisto praticamente todos os filmes dela e o efeito é sempre o mesmo. Falando da verdadeira Julie, achei brilhante a idéia dela de passar por esse desafio, talvez em outras condições teria tido a mesma idéia que ela. Julie estava buscando algo que a completasse e desse prazer, algo que todos nós queremos e poucos vão realmente atráz. Simplesmente ficam acomodados em um ambiente mais seguro mesmo que não seja o que lhe traz felicidade. Meus parabéns! Quem quiser conhecer o Blog dela clique aqui.
Não poderia deixar de falar sobre a Le Cordon Bleu, é um verdadeiro sonho, quem dera poder fazer um curso desses. Há cursos de intercâmbio, não só em Paris mas na Austrália também. A Le Cordon Bleu está presente atualmente em 15 países. Sonhos!


E adivinhem, Bon Appetit!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Lasanha Mista [Lasagna Mixed]

A o adoradores de massa hoje trago uma lasanha mista sem igual. Aproveitei o dia livre pra poder prepará-la. Resolvi experimentar o molho bechamel no lugar do molho branco tradicional que sempre usei para essa receita. É uma lasanha mista que leva tanto molho branco quanto molho vermelho à bolonhesa. Uma curiosidade sobre a lasanha é de que ela pode não ser de origem italiana mas sim inglesa. De qualquer forma, são especulações não há nada tão bem documentado. Sem mais deixo que as fotos falem por elas próprias.




LASANHA MISTA


1/2 pacote de massa de lasanha (250g)
200g de carne moída
1 tomate picado
1 cebola picada
3 dentes de alho amassados
200g de molho de tomate pronto
200g de presunto
200g de queijo mussarela
Cebolinha e salsinha à gosto
1 colher de sopa rasa de manteiga
Pimenta-do-reino à gosto
Orégano à gosto
Sal à gosto
1 fio de óleo
1 receita de molho bechamel

Mãos à obra:

Ferva 1 litro de água com uma pitada de sal e um fio de óleo. Quando estiver em fervura adicione a massa de lasanha e tampe a panela, cozinhe por 5 minutos ou até ficar ao dente. Escorra a massa e reserve. Em uma panela derreta a manteiga e junte o alho e a cebola, refogue por 2 min. e depois acrecente a carne moída, a pimenta-do-reino e o sal, refogue até ficar cozida e tiver secado toda a água lliberada por ela mesma. Agora junte o tomate picado e o molho de tomate, em fogo médio tampe e deixe cozinhar até o tomate derreter (em torno de 15min.). Acerte o sal e adicione a cebolinha e salsinha, desligue o fogo e reserve. A montagem das camadas é na seguinte sequência: molho vermelho, massa de lasanha, molho vermelho, presunto, molho branco, massa de lasanha e assim por diante. A última camada é de queijo. Salpique orégano à gosto por cima.



terça-feira, 23 de novembro de 2010

PtitChef

A partir de hoje o Cozinha em Laudas passa a fazer parte do site PtitChef que compila diversas receitas publicadas na internet. Confira o site clicando na imagem abaixo.

Pequi

Tudo bem, não é uma preferência nacional, na realidade passa bem distante disso. Mas aos amantes dessa fruta nativa do cerrado trago hoje como preparar o pequi sem muitos segredos. Confesso que tive que treinar meu cérebro para conseguir gostar do pequi, antes não conseguia nem ao menos sentir o cheiro do mesmo ao cozimento, hoje me gusta muito apreciá-los! É consenso que o ato de comê-lo demanda algum cuidado, pois essa fruta possui espinhos muito pequenos que impede que seja mordido, ele deve ser somente roído delicadamente. O pequi cai muito bem com o famoso franguinho caipira, se você mora na civilização o frango de granja serve, mas nunca será a mesma coisa daquele frango pego no fundo do quintal de sua avó, não se iluda. Pra que acha que o piqui é algo inútil e sem nenhum benefício se engana. Dele é produzido um óleo patenteado pelos japoneses (um absurdo) que garante dureza em materias metálicos. Mas o que nos interessa mesmo é saber que é rico em vitaminas A, C e E, tem a capacidadade de retardar a ação dos radiacais livres (moléculas responsáveis pelo envelhecimento e formação do câncer). Acho que vale a pena abrir a mente e aderir ao sabor peculiar do pequi. Não esquecendo de lembrar que a autora desses pequis foi minha professora de comidas tipicamente goiana Maryza Lemes (vulgo Maryzinha).




PEQUI


15 pequis
Sal à gosto
Pimenta-do-reino à gosto
2 dentes de alho
2 colheres (sopa) de óleo
Água para cozimento

Mãos à obra:

Quebre a casca do pequi e tire o caroço que é a parte do fruto que irá utilizar. Aqueça o óleo e adicione o alho amassado, antes que comece a dourar junte o pequi, sal e pimenta-do-reino. Cubra com água até pela metade e vá cozinhando, a medida que a água vai secando adicione mais água às gotas pra não deixar grudar no fundo da panela, mexendo sempre. Em fogo alto o cozimento gira em torno de 20 a 30 min.

domingo, 21 de novembro de 2010

Connserva de Batata

Nada melhor do que algo azedinho para servir de acompanhamento à uma cerveja gelada ou a bebida que preferir. Eu particulamente adoro uma conserva, podendo ser de qualquer tipo, nunca faltam em minha geladeira. Tenho o hábito de praparar o pepino e a batata, mas existe dezenas de tipos de conserva, que por sinal costumam ser bem caras nas prateleiras dos supermercados. Então trago hoje pra vocês uma conserva de batatinhas. Não tenha preguiça, ela exige alguns cuidados para que se evite a contaminação mas não é nada de outro mundo. O vidro bem lavado com sabão e depois esterelizado junto com os componentes sal (bactericida - mata as bactérias) e alho (bacteriostático - impede o desenvolvimento de bactérias) irão melhorar na qualidade e durabilidade de sua conserva.



CONSERVA DE BATATAS



Batatas pequenas
Vinagre de álcool
Água
Alho
Sal
Sementes de mostarda
Pimenta do reino ou outra de preferência


Mãos à obra:
A quantidade de ingredientes vai variar com o tamanho do vidro que vocês irá utilizar. O vidro dessa foto tem capacidade para 1,25 L. O pote deve ser de material mais resistente e nada daqueles vidros muito fininhos pois irá passar por altas temperaturas e pode não resistir. Em primeira mão ferva água suficiente para encher seu pote de vidro e tampe, ou também se tiver uma panela grande o suficiente para caber todo o pote e a tampa abertos (pode ser colocado deitado na panela) esterilize-o dessa forma colocando-o em água fervente. Deixe por pelo menos 30 min em contato com a água fervente. Descasque as batatas e leve à outra água fervente com sal por 10 min, nada mais que isso (só adicione as batatas quando a água já estiver fervendo, a batata deve ficar ao dente). Agora é hora de montar a conserva. Descarte toda a água fervente, vá depositando aos poucos e com cuidado as batatas no vidro (esterelizado em vazio), fazendo uma camada de batatas, sal, pimenta de preferência, mostarda em grãos, alho descascado e cortado ao meio. No final encha o pote com metade de água fervente e metade de vinagre. Tampe e deixe descansar sem abrir por pelo menos 10 dias.


*Observações:
Para esse pote de 1,25 L eu utilizei 1 colher (sopa) cheia de mostarda em grão e 3 colheres (sopa) de sal. Quanto a pimenta, é à gosto mas se for utilizar a pimenta natural vá com calma pois pode deixar muito picante, pimenta malagueta uso 4, dedo-de-moça 3, pimenta bode 4, pimenta-do-reino 1 colher (sopa) rasa, pimenta cumari 6 e pimenta calabresa 1 colher (chá) rasa. Lembre-se que a conserva deve ter sabor ácido proeminente, não é para a pimenta suplantar isso, aliás não é conserva de pimenta (posso estar ensinando aqui em outro momento, tenho coleção delas). O alho utilizei amassado sem sal, pois foi o que eu tinha no momento (por isso está com a aparência meio esbranquiçada na foto), o ideal é utlizar o alho em pedaços, nesse caso utilizaria 8 dentes de alho ( se não for muito fã do mesmo utilize menos). Quanto ao vinagre, use o de álcool mesmo pois os de maçã e limão não caem bem. Pode-se utilizar a folha-de-louro também, nesse caso umas 5 é o suficiente. Relembrando que o vidro deve ser bem limpo e esterilizado para evitar o botulismo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Couve-flor gratinada [Cauliflower au gratin]

Eu gosto todo prato que leva verduras e legumes, com o couve-flor não seria diferente. É uma hortaliça rica nos minerais cálcio e fósforo, contém vitamina C e é livre de gorduras e colesterol com teores baixos de sódio e calorias. Dá pra comer sem culpa né! Mas convenhamos, só no sal e limão todo dia não dá. Que tal gratiná-la? Ao molho bechamel e queijo parmesão. Tudo bem que as kcal vão aumentar um pouco, mas uma vez ou outra não é pecado. Essa receita tem um sabor bem marcante devido ao queijo parmesão que contrasta com o sabor da noz moscada do molho.




COUVE-FLOR GRATINADA




2 pés de couve-flor (600g)
2 colheres (sopa) de vinagre
2 colheres (chá) de sal
2 gemas
1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
1 receita de molho bechamel (clique no link para ver a receita)


Mãos à obra:
Limpe o couve-flor e separe os buquês. Cubra com água, junte o vinagre e deixe descansar por 20 min. Lave e escorra. Transfira para uma panela, cubra com água, junte o sal e cozinhe por 10 min. (não mais que isso). Escorra e reserve. Em separado, misture as gemas e o queijo ao molho bechamel. Em um refratário, cubra a couve-flor com a mistura, povilhe com mais queijo parmesão, leve ao forno pré aquecido em um refratário por 20 min., eu precisei assar na temperatura máxima para conseguir gratinar.


*Observações:
No lugar do molho bechamel pode ser utilizado o molho branco simples, fica com o sabor mais suave. Cuidado com o sal pois o queijo parmesão já é bem salgado, se preferir pode reduzi-lo em menor quantidade.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Molho bechamel (branco) [Bechamel sauce]

O molho bechamel é branco e francês mas difere do molho branco normal por conter especiarias aromatizantes e hortaliças que podem ser: cebola, alho, noz-moscada, folha de louro dentre outras. Eu experimentei com noz-moscada e ficou perfeito. Ele serve de base pra inúmeras receitas podendo ser utilizado em massas, panquecas, sopas, cremes, legumes, soufllés ou onde sua imaginação te levar. Utilizei essa semana em couve-flor gratinado que irei postar em breve. O bechamel tem sabor mais marcante, como se tivesse personalidade. Espero que apreciem e que também seja útil, pois é bem simples de ser preparado.



MOLHO BECHAMEL

2 1/4 de xícara de leite
4 colheres (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
3 colheeres (sopa) de farinha de trigo
1 pitada de noz-moscada
Sal e pimenta-do-reino a gosto

Mãos à obra:

Em uma panela grande, ferva o leite. Enquanto isso, derreta a manteiga em uma panela de fundo grosso, adicione a farinha e mexa até a mistura começar a dourar. Retire do fogo, acrescente o leite fervente aos poucos, mexendo sempre para não empelotar. Volte a panela ao fogo baixo e cozinhe, sem parar de mexer, até ferver e engrossar. Tempere com noz-moscada, sal e pimenta.

Rende 1 1/2 xícara de molho.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Barrinhas de limão [Lemon bars]

Já começo com pedidos de desculpas pela ausência prolongada da cozinha, mas foi por uma boa causa. Estive viajando para prestigiar o casório de meu cunhado no PR. Voltei bastante animada pois esses encontros de família inevitavelmente me remetem à comida e muitas luzinhas se acendem acima da minha cabeça. Essa e a próxima semana virão recheadas de receitas irresistíveis, não deixem de dar uma espiada. Mas hoje escreverei sobre um quitute bastante delicado e que estímula bastante nosso paladar, talvez pela combinação fantástica da acidez do limão com o açúcar. Nada de delongas, coisa prática e rápida. Só não supera o tempo do Bolo de chocolate na caneca, convenhamos. Essa receita chamada de Barras de Limão ou Lemon Bars provém de um site que já sigo há aproximadamente 1 ano e sempre foi competente em me deixar com água na boca. O Cinara's Place é especializado em receitas norte americanas e serviu para mim como referência e estímulo para criar o Cozinha em Laudas.




BARRINHAS DE LIMÃO


Biscoito:
225g de manteiga sem sal, em temperatura ambiente
½ xícara de açúcar
2 xícaras de farinha
1/8 de colher (chá) de sal

Creme de limão:
4 ovos grandes (em temperatura ambiente)
1 2/3 xícara de açúcar
1 colher (sopa) bem cheia de raspas de casca de limão-siciliano (3 a 4 limões)
2/3 xícara de suco de limão-siciliano espremido na hora
2/3 xícara de farinha de trigo
Açúcar de confeiteiro para polvilhar
Manteiga e açúcar para untar a forma

Mãos à obra:

Pré-aqueça o forno a 180° C e unte uma assadeira ou pirex.
Para a massa do iscoito, bater a manteiga e o açúcar na batedeira até formar um creme leve, usando a batedeira. Misture a farinha e o sal e com a batedeira na velocidade baixa, adicione ao creme de manteiga e bata só até misturar. Achatando a massa com as mãos, espalhe-a no fundo da assadeira untada, deixando uma borda de 1,5cm nas laterais. Leve à geladeira por uns 15 minutos. Asse de 10 a 15 minutos ou até ficar levemente dourada. Deixe esfriar. Não desligue o forno. Para o creme de limão-siciliano, bata os ovos, o açúcar, as raspas de limão, o suco de limão e a farinha de trigo até misturar tudo (pode ser feito à mão mesmo ou em qualquer máquina que consiga misturar tudo). Coloque sobre a base de biscoito e asse de 15 a 20 minutos, ou 5 minutos além do ponto em que o creme estiver firme. Deixe esfriar até a temperatura ambiente. Corte em quadrados pequenos e polvilhe com açúcar de confeiteiro.


*Observações
A receita original pede para bater a massa de biscoito em um batedor em forma de pá, como não tenho bati com as hélices normais de uma batedeira, talvez tenha sido isso que deixou a massa mais cremosa do que a descrita por Cinara. É um pouco pegajoso ao tentar deposita-la na forma para fazer a base, mas com calma se consegue. Sugiro povilhar as barrinhas com açúcar somente no momento que for servir, pois com o passar do tempo o açúcar vai ficando trasparente e não tem o mesmo visual (frescura mesmo). A assadeira pode ser de ferro ou vidro de aproximadamente 23cm X 33cm X 5cm, ou divida em duas formas menores, como preferir.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Pernil Suíno ao Molho Barbecue - BBQ Pork Shank

Não é todo dia que um pernil suíno legítimo bate a sua porta, convenhamos. Quando acontece uma proeza dessas o que nos resta é tratá-lo com "bastante carinho" fazer é degustá-lo da melhor forma possível. A carne suína ao contrário do que a maioria da população acha, é uma carne bastante saudável e não é o inimigo número 1 do colesterol não. Sim, verdade! Há algum tempo atrás o coitado do porquinho era um grande vilão por ser considerado gorduroso (remoso como se diz no interior) e ainda carrega os estigmas de ser fonte de doenças pelo meio e forma como era criado. Mas a realidade hoje é que as granjas profissionais de suínos deixaram de lado o porco tipo banha e passaram a produzir o porco light para atender a grande demanda da população que busca hoje hábitos mais saudáveis de vida. Existe uma campanha idealizada pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) entitulada Um Novo Olhar Sobre a Carne Suína que busca quebrar os paradigmas criados sobre essa fonte de proteína tão saboroa. Para saber mais sobre a Campanha acesse o folder ao fim do post. Agora se você ainda insiste no porco caipira, tome muito cuidado, ele pode vir cheio de surpresas, conheça sua origem de produção e não deixe de preferir os inspecionados, a cisticercose que o diga! Mas vamos parar de prosa e partir para o ataque. Vou dar a receita hoje de como preparar um pernil assado ao molho Barbecue (expliquei como fazer em post anterior). Assim como o pernil pode-se fazer o mesmo com a costelinha suína. Você deve estar pensando agora "Mas essa costelinha ao molho barbecue não é a ´Ribs on the Barbie` feito na famosa franquia australiana Outback", fique tranquilo você não está delirando, é ela mesmo. Sempre fiz essa receita com as costelinhas e agora experimentei o pernil e ficou tão saboroso quanto. Para acompanhar gosto de um arroz branco feito ao alho e óleo e um purê de batata picante, que estaremos comentando em um outro momento. A primeira foto é do pernil e a segunda da costela.


PERNIL SUÍNO AO MOLHO BARBECUE



1 pernil suíno (2kg aproximadamente)

5 limões taiti

2 colheres (sopa) alho amassado

Pimenta-do-reino à gosto

Sal à gosto

Molho Barbecue

Mãos à obra:

Coloque o pernil em uma superfície limpa e seca, gosto de fazer isso em uma tábua de plástico resistente. Tente abandonar a velha tábua de madeira, aquilo é uma placa de colônias bacterianas ambulante, mas você pode utilizar também um recipiente grande de boca bem aberta, facilitará o manuseio. Esprema o suco de 3 limões grandes e regue o pernil (não precisa furá-lo) em ambos os lados. Acondicione-o em um saco plástico que você possa fechar bem a boca e deixe descansando por no mínimo 6 horas. Em seguida retire do plástico e passe sobre ele a pasta de alho, sal e pimenta-do-reino em pó, por último regue com o caldo dos outros 2 limões restantes. Esse processo tem que ser feito dos dois lados do pernil novamente. Embrulhe-o em papel alumínio com a parte brilhosa para o lado de dentro, de forma que fique quase hermeticamente fechado para que asse sem ressecar a carne. Deixe marinando na geladeira por no mínimo mais 6 horas (eu gosto de deixar de um dia para o outro). Pré-aqueciça o forno por 15 min. à temperatura de 250 ºC. Deixe assar por 1 hora podendo ser necessário até 1 hora e meia no caso de fornos menos potentes. Para saber se está no ponto certo abra um pouco o papel alumínio e com o auxílio de um garfo perceba se as fibras de carne se soltam com facilidade. Quando isso acontecer retire por completo o papel e pincele na parte inferior do pernil o molho barbecue (BBQ) por duas vezes distintas e o mesmo com a parte superior, no total o pernil permanecerá mais 30 min. para dourar e absorver o suculento BBQ.




Clique acima e conheça um pouco sobre a campanha.

sábado, 6 de novembro de 2010

Molho Barbecue [BBQ Sauce]

Publicar o molho barbecue em separado se faz necessário porque ele está envolvido em uma grande diversidade de pratos. E para aqueles que gostam desse molho, por favor, não o faça para beber aos goles, porque é essa vontade que nós legítimos fãs gostariamos de fazer (1 colher de sopa equivale a 31 kcal). Há quem ache forte "por demais", mas um bom número de pessoas não resistem ao sabor adocicado e levemente ácido do barbecue sauce assim denominado nos EUA. Aliás é de lá que provém esse molho tão utilizado nos famosos barbecues (churrascos) do Tio Sam, principalmente para carnes de porco e frango . Essa receita provém do site Azeite de Oliva Espanhol, foi o meu teste de sucesso depois de algumas outras receitas desastrosas.

MOLHO BARBECUE
1/2 xícara (chá) de azeite de oliva
1 cebola média
4 dentes de alho
1 xícara (chá) de ketchup
1/2 xícara (chá) de suco de limão
3 colheres (sopa) de açúcar
2 colhere (sopa) vinagre balsâmico
3 colheres (sopa) de molho inglês
2 colheres (sopa) de condimento a base de mostarda
2 colheres (chá) de sal
2 colheres (chá) de pimenta-do-reino em pó
1 xícara (chá) de água


Mãos à obra:


Coloque o azeite em uma panela e em fogo médio deixe por 2 min. ou o suficiente para que aqueça. Adicione a cebola picada em pedaços bem pequenos e o alho amassado, deixe refogar até que a cebola comece a ficar transparente (não deixe dourar). Em seguida junte todos os outros ingredientes em qualquer ordem desde que a água seja por último (supertição). Misture até que fique homogêneo. Abaixe o fogo e deixe "reduzindo" por 40 a 50 min. ou até obter um molho encorpado na consistência do extrato de tomate. Não tampe a panela e mexa de vez enquando (evita grudar no fundo).


*Observações:
Caso não haja a "possibilidade humana" de amassar o alho, pique-o em pedacinhos bem pequenos que não irá alterar no resultado final do sabor, mas somente na aparência. Para os vampiros que têm pavor de alho (me perdoem, mas é porque não compreendo como alguém não pode gostar de alho) a receita original recomenda 3 dentes somente e mesmo picados não há o que temer pois não ficará com aquele ardor tradicional mas sim adocicado. Como condimento de mostarda costumo usar o molho de mostarda e tem funcionado muito bem. Esprema o limão somente no momento em que for utilizá-lo. Não tem vinagre balsâmico? Ok, já usei o vinagre de álcool e consegui um efeito satisfatório, não deixa muito a desejar, mas prefira o balsâmico se tiver ao alcance das mãos. Quanto ao açúcar já utilizei tanto o cristal quanto o refinado, não há diferença, mas não inventem em querer usar o açúcar mascavo como já fiz em uma outra receita, fica terrível o sabor.
Vou ficar devendo uma foto do meu acervo particular. O meu molho fica um vermelho mais escuro que esse da foto, não tão bonito quanto, mas muuito saboroso!
Foto: Divulgação.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Pegando Fogo

Hoje o post não é uma receita, mas sim sobre a história de como e porque as receitas surgiram. Quero compartilhar com vocês um livro que fala do porque cozinhar nos tornou humanos entitulado de "Pegando fogo". Este livro foi indicação do meu amigo Márcio Saad e ele não podia ter dado dica melhor. Assim como eu ele também é um aventureiro no mundo da culinária, inclusive tem-se mostrado um especialista em carnes de caça, qualquer dia desses farei um post com uma das receitas dele! Pegando fogo pela Editora ZAHAR foi escrito por Richaed Wrangham, um antropólogo e biólogo que leciona na Universidade de Havard e dirige o Kibale Chimpanzee Project, em Uganda, que pesquisa sobre o comportamento de macacos no mundo. Richaed já escreveu na Nature, New Scientist, Boston Globe e Scientific American. Eu não sei vocês mas a primeira coisa que faço quando pego um livro é ler sua orelha, por isso vou escrever abaixo a sinopse de Pegando fogo.




"Neste livro surpreendente e transformador, o antropólogo biólogo americano Richard Wrangham redesenha completamente a nossa compreensão sobre nós mesmos. Para o autor, ao contrário do que se pensa desde Darwin, passamos a cozinhar antes de nos tornar homens, e nos tornamos homens justamente porque passamos a cozinhar. Essa ´hipótese do cozimento` afirma que um antepassado imediato do Homo sapiens, o Homo erectus, dominou o fogo e o cozimento há cerca de 1,8 milhões de anos, permitindo que tivessemos acesso tanto a nutrientes quanto a hábitos que nos mudariam para sempre. Para defender sua teoria, Wranghan nos brinda com um texto claro e direto - e ao mesmo tempo profundo -, que une áreas tão diversas quanto as antropologias cultural e biológica, a biologia evolutiva, a primatologia e a anatomia do sistema digestivo. Ilustram esse grande painel histórias sobre comunidades de dieta exclusivamente crua ou vegetariana, de sobreviventes na selva e no mar, do cotidiano alimentar dos esquimós, aborígenes australianos e tribos africanas. E ainda a experiência do próprio autor, que entrou no território selvagem dos chimpanzés para viver como eles, sobretudo, comer pessoalmente o que eles comem."



Se você já leu ou decidiu que irá ler este livro passe por aqui depois e deixe nos Comentários sua opinião.


Fotos: Divulgação.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pão de Queijo [Cheese Bread]

O velho pãozinho de queijo, quem não gosta não é mesmo? Eu passei muitos anos achando que fazer pão de queijo era uma das coisas mais difíceis e trabalhosas que se podia fazer em uma cozinha, até que eu conheci a Rainha do pão de queijo. É dessa forma que meu pai denomina minha amiga Mayza e depois disso esse apelido ficou irresistível de deixar de usar. É aos fins de tarde com alguns pães de queijo feitos com ovos caipira, polvilho doce provindo do Goiás e queijo ralado enviado por sua avó acompanhado de um café bem forte e fumegante feito por Maryza (irmã de Mayza, podendo sim ser considerada a Rainha do café) que nos aproximamos do que mais perto pode parecer nossa casa e uma reunião de família. Entre histórias e outras contando as peripécias de nossas prórprias famílias que driblamos a saudade de casa fazemos com que a distância pareça menor e mais fácil de lidar. E os pães de queijo continuam ali como testemunhas, se fôssemos contar quantos já foram ficariam assustados. Mas talvez por isso tudo fazer essa gulouseima, ou melhor dizendo como minhas tias, essa quitanda, prepará-la é uma das coisas mais simples de se fazer e mais deliciosas de saborear porque tem gosto de "casa".

PÃO DE QUEIJO

4 copos (americano) de polvilho doce
2 copos (americano) de leite
1 copo (americano) de óleo
5 a 6 ovos
2 copos (americano) de queijo ralado
Pitada de sal
Óleo para untar a forma e enrolar a massa

Mãos à obra:

Pré-aqueça o forno à 250 ºC por 15 minutos. Unte uma forma com óleo. Junte o leite e o óleo em uma panela e leve ao fogo, ao começar a ferver desligue o forno. Adicione o leite e o óleo aquecido ao povilho em uma bacia média (de preferência vá adicionando aos poucos e misturando ao mesmo tempo com o auxilio de uma colher grande para que o polvilho seja ferventado por inteiro). Se estiver muito quente para pegar com as mãos aguarde alguns minutos para não queimá-las. Então amasse a massa com uma única mão pois com a outra terá que segurar a própria bacia, adicione aos poucos os ovos inteiros e vá amassando. Junte agora o queijo ralado e misture até obter uma massa homogênea. Por último acerte o sal. Unte as mãos com óleo e dosando o tanto de massa que você quer com uma colher de sopa passe para as mãos e faça bolinhas (o tamanho você escolhe, não gosto muito grande porque tendem a ficar meio crús por dentro). Leve ao forno e deixe assar por 25 a 30 min., estarão prontos quando começarem a dourar (tem gente que gosta mais branquinhos e outros mais douradinhos, fica a critério).

*Observações:
Cuidado para não colocar muito óleo na forma, você não vai querer que seu pão de queijo fique frito ao forno. Só coloque no forno pré-aquecido, nada de forno frio. Mas e o polvilho azedo, não funciona? Sim, pode ser utilizado, mas particulamente não gosto muito, acho que deixa a massa com sabor mais pesado, parecendo "mangulão". No mercado geralmente só irá ter o polvilho de massa muito fininha e não sairá um pão de queijo de primeira, prefira os mais grossos que ao ser atritado entre os dedos irá fazer um barulhinho de "ranger" (teste da roça). Se você achar que o povilho não ferventou por inteiro e tem algumas partes secas ainda, vá gotejando leite (não precisa ferver), mas cuidado pra não colocar demais se não sua massa vai ficar muito mole, ela tem que ficar com o aspecto emborrachado. Dependendo do ovo a massa pode se tornar muito mole ao 6º ovo e você não conseguirá enrolar a massa com as mãos e se isso acontecer não se desespere, você pode depositar as bolinhas da massa na forma com o auxilio de duas colheres.